Por Adão de Matos Junior e Geuma Campos Nascimento , Administradores.com.br
Depois dos escândalos de fraudes contábeis de grandes empresas internacionais em seus balanços patrimoniais, nunca a assinatura de um contador teve tanta repercussão e importância na história mundial. Na realidade, os governos e as lideranças empresariais devem analisar as demonstrações financeiras de forma mais atenciosa e analítica – é que efeitos das práticas contábeis, ao contrário do se imagina, são, sobretudo, financeiros e não meramente contábeis.
O Brasil não podia permanecer com práticas contábeis que dificultassem a análise global, pois estamos nos tornando cada dia mais uma potência e nos destacando no cenário internacional. Sendo assim, tornou-se imprescindível a adaptação das normas e regras contábeis ao padrão IFRS (International Financial Reporting Standards).
A Lei 11.638/07 não apenas gerou alterações nos padrões, mas também trouxe aos profissionais contábeis novas oportunidades, importância e responsabilidades. Esta Lei não deverá ser tratada como uma nova norma e sim um marco entre os antigos contadores e os novos profissionais. Ela tem o objetivo de acrescentar olhares diferentes às suas atuais funções e um grande horizonte no futuro das corporações. O sistema ganhou uma complexidade tremenda.
O primeiro passo que a empresa – ou o responsável contábil – tem a fazer é entender como funcionam estas mudanças. Depois, é a hora de aplicar as normas e, se obrigatório, partir para a convergência ao IFRS. Lembrando que, mesmo não sendo obrigatório, a adaptação para as normas contábeis internacionais é de extrema importância para a empresa, pois auxiliará na transparência dos números para possíveis investidores internacionais. É a preparação para a globalização da empresa.
As novas questões contábeis das empresas não param na Lei ou nos CPCs (Comitês de Pronunciamentos Contábeis). Existem organizações que não acreditaram na aplicação dos sistemas digitais - SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), que envolve Nota Fiscal Eletrônica, SPED Contábil e SPED Fiscal –; e ainda outras que não conseguiram aplicá-los corretamente.
O fato é que as alterações contábeis já estão no mercado há mais de dois anos e as dúvidas ainda não foram completamente esclarecidas e acreditadas. Não há como detectar quais são os problemas que afetam as empresas para conseguir preparar uma cartilha a ser seguida. Cada empresa tem suas peculiaridades e, por isso, elas têm que se adaptar de acordo com a sua estrutura e ao seu negócio.
A contabilidade, mais do que nunca, se tornou a base da empresa – se ela não estiver com um alicerce bem estruturado, com certeza terá problemas futuros. Entender as necessidades, procurar atualizações (tanto de programas, capacitação e mão-de-obra qualificada) é o principal passo que tem que caminhar. Caso isso não ocorra, talvez seja o momento de procurar ajuda, terceirização de empresas que oferecem os trabalhos contábeis e fiscais, para solucionar os problemas ocasionados nesta área.
É bom lembrar que o princípio contábil da "continuidade" agora se tornou um princípio básico da economia nacional.
Adão de Matos Junior - gerente da Trevisan Outsourcing – unidade Belo Horizonte; e Geuma Campos Nascimento é sócia da Trevisan Outsourcing e professora da Trevisan Escola de Negócios.
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