Ciências Contábeis, Perspectivas e Mercado de Trabalho
Encontrei uma ótima matéria no Guia de Carreiras do G1 sobre o curso de Ciências Contábeis. Aproveitei e decidi reproduzir aqui no blog para ficar como um guia para os “novatos” na contabilidade ou para aqueles que estão pensando em desbravá-la. Boa leitura!.
24 de nov. de 2011
22 de nov. de 2011
Olympus e a máfia?
Esse rocambole que a Olympus se meteu está cada vez maior e suculento. Como já havíamos comentado aqui no Meio Bit a empresa estava atolada no maior escândalo coorporativo que o Japão já vislumbrou. Tudo começou em agosto quando a imprensa japonesa começou a levantar algumas irregularidades na contabilidade da empresa. As coisas foram se complicando e simplesmente explodiram quando decidiram demitir o presidente executivo, Michael C. Woodford, que afirmou ter perdido o cargo por fazer questionamentos ao conselho administrativo da empresa sobre alguns pagamentos estranhos encontrados na contabilidade. Como não tinha mais nada a perder Michael colocou a boca no trombone e acabou de afundar a Olympus no escândalo.
Ao que parece, a Olympus perdeu muito dinheiro em investimentos errôneos ao longo das duas últimas décadas e se utilizou de esquemas fraudulentos para esconder estes prejuízos no livro caixa da empresa. Desta forma, os acionistas não sabiam do que estava acontecendo e o valor das ações não foi afetado. Por um tempo a direção da Olympus negou as acusações, mas na semana passada o Presidente Shuichi Takayama, veio a público e admitiu que nos últimos 20 anos a empresa praticava manobras financeiras e divulgava relatórios falsos para mascarar os constantes prejuízos. O anúncio foi suficiente para causar uma queda de 30% no valor das ações, isso porque já vinham caindo desde o começo de todo este rolo. Além de causar sérios problemas jurídicos com acionistas, o fato de falsificar os relatórios de lucros pode levar a empresa a ser expulsa da bolsa de valores.
Porém, como as coisas podem sempre piorar, mais uma pancada acertou a empresa semana passada. Um relatório feito por investigadores e que foi apresentado em uma reunião entre a Comissão de Vigilância das Bolsas de Valores do Japão, o escritório da promotoria de Tóquio e o Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio, apontam indícios de que a Olympus pode ter recorrido à máfia japonesa para ajudar a esconder o escândalo. Embora a coisa ainda esteja apenas na suspeita, se torna muito grave o fato de que a empresa tenha gastado US$ 4,9 bilhões de dólares em consultorias e pagamentos estranhos. O pior é que a saída esse dinheiro todo não foi contabilizado na movimentação financeira. A hipótese é que durante a crise dos últimos 20 anos a empresa tenha apelado aos sindicatos do crime do Japão para esconder os prejuízos e que depois, como forma de pagamento, começaram a exigir a transferência destes recursos.
O relatório da comissão de investigação não deixa claro se a empresa foi extorquida ou se aceitou de bom grado essa “parceria”, mas o certo é que a Olympus não tem mais para onde correr. Se ficar comprovada a ligação com a máfia isso já é motivo suficiente para a retirada das ações da bolsa de valores. Mesmo que esta ligação não seja comprovada todo este problema já manchou de maneira permanente a reputação e a confiabilidade da empresa perante acionistas e investidores.
FONTE: Meio Bit
16 de nov. de 2011
SPED na prática, falta teoria
Durante palestra na 14ª Conescap, realizada nos dias 30 de outubro e 1º de novembro, na Costa do Sauipe (BA), maior evento do setor empresarial de serviços contábeis do País, o auditor fiscal aposentado da Receita Federal Márcio Tonelli, um dos principais responsáveis pela criação do projeto SPED Contábil, apresentou números intrigantes.
Segundo ele, em 2010, 61% dos livros contábeis digitais enviados para as Juntas Comerciais por meio do SPED, foram colocados sob exigência – substituídos ou indeferidos. Em outras palavras: apresentaram algum problema. O número melhorou um pouco com os livros de 2011, caindo para 56%.
Estes problemas, basicamente, foram detectados nos “Termos de Abertura”, “Termos de Encerramento”, “Requerimentos para Autenticação” e “Dados dos Signatários” dos livros contábeis digitais que continham informações não conformes com as normas do DNRC, e Código Civil.
Os dados que deram origem aos problemas não foram de ordem contábil e sim formal, burocrática. Deste modo, eles são informados pelos departamentos contábeis, com base nos procedimentos, normas e leis já existentes, antes mesmo da instituição do SPED.
Entretanto, sempre que eu realizo cursos sobre SPED, perguntam-me: “O curso será prático?”. Minha resposta-padrão é: “Na prática, falta teoria”. Sim, pois se o profissional – seja ele um contador, advogado ou analista de sistemas – entende os conceitos que fundamentam o SPED, aplicá-los na prática torna-se tarefa simples, meramente operacional.
Mas muitos insistem em participar de cursos que ensinam profissionais a digitar os campos em uma tela, bem aos moldes dos padrões aceitáveis no do século XX. Ora, digitar o CPFs, nomes e números de livros é atividade mecânica. Mas saber quais CPFs e números serão digitais é conceitual.
Portanto, o resultado assustador de livros contábeis digitais transmitidos com informações elementares erradas é reflexo de uma cultura mecanicista, fordista, ultrapassada. Reflexo de um tempo no qual o aluno (aquele que não tem luz) era um ser passivo que absorvia os conhecimentos do mestre – a única fonte de conhecimento.
Já passou da hora da tomada de consciência que projetos SPED fracassam por causa de pessoas, e não da tecnologia. Conhecimento e atitude empreendedora são fundamentais para o uso consciente e eficiente da tecnologia do terceiro milênio.
Sem a participação efetiva dos profissionais de recursos humanos nestes projetos, não há como conduzir esta mudança gigantesca de paradigmas. Não sem sangue, suor e lágrimas, muitas vezes, desnecessárias.
FONTE: Roberto Dias Duarte
Métodos Quantitativos em Contabilidade: A Contabilometria
Por Carlos Cesar D'Arienzo
É imperativo que um trabalho de pesquisa evite o estabelecimento de juízos de valores pessoais, e que procure dar ênfase ao referir-se a fenômenos observáveis, passíveis de confrontação empírica, privilegiando as características do objeto estudado.
De acordo com Heidegger (1969, p.36) "nas ciências se realiza, no plano das idéias, uma aproximação daquilo que é essencial em todas as coisas". Sendo assim, a iniciação e aplicação científicas têm o propósito de ampliar o horizonte de crítica do pesquisador para além do óbvio. E, para tal, torna-se necessário conhecer os fundamentos científicos que objetivam a organização do conhecimento e, essa organização do conhecimento fornece a base para o trabalho científico.
É imperativo que um trabalho de pesquisa evite o estabelecimento de juízos de valores pessoais, e que procure dar ênfase ao referir-se a fenômenos observáveis, passíveis de confrontação empírica, privilegiando as características do objeto estudado. Que privilegie casos representativos e passíveis de generalização.
A delimitação do objeto deve ser clara e precisa, rejeitando ambiguidades. Logo, no tratamento puramente estratégico dos dados e informações, há que se tomarem certos cuidados, agir com determinada cautela. É que a suposta facilidade de interpretação de certas partes dos cenários traz implícitos alguns riscos, o maior deles, a tendência redutora dos fatos.
Mesmo assim, é possível construir hipóteses para a montagem da análise de cenários com o objetivo de projetar as possibilidades da empresa diante de seus concorrentes e diante das variáveis exógenas (que não controla diretamente) aos modelos de projeção dos dados econômicos, administrativos e contábeis, por exemplo: equações de minimização de custos, projeção de preços dos equilíbrios, os pontos dos equilíbrios entre receitas marginais e custos marginais, os coeficientes de participação de capitais de terceiros, coeficientes de endividamento, as elasticidades-preço das demandas, as funções que explicam as demandas, as projeções dos níveis ótimos das produções, a composição e evolução patrimonial, os cálculos das propensões marginais a consumir dos clientes, divisões dos mercados, preferências dos consumidores, inovações tecnológicas, qualidade, reações cruzadas e concorrência direta entre empresas.
Os cenários são normalmente concebidos em três dimensões de análise: otimista, realista e pessimista. O objetivo destes não pode ser outro se não a montagem de estratégias e táticas que possibilitarão a maximização de oportunidades e possibilidades, a minimização de riscos e o favorecimento da projeção do foco e velocidade das mudanças nos cenários econômicos e institucionais. Deve-se lembrar que projetar não significa prever, adivinhar.
Os cenários devem ser elaborados para dotar os planejadores das estratégias e táticas empresariais de capacidades para que entendam as possibilidades comerciais que se apresentarão nos diferentes e complexos cenários. Ou seja, os cenários devem expor possibilidades (não certezas) sobre ambientes tão diversos quanto complexos, exemplo, mudanças nos campos: contábeis, tecnológicos, sociais, macroeconômicos, microeconômicos, demográficos, políticos, legais, e das relações exteriores (entre países e empresas).
Não existe técnica (ou prática) sem teoria. A técnica é o resultado do estudo para dominar a ciência (existem conhecimentos básicos mundialmente aceitos e consolidados). As técnicas variam porque os efeitos ou resultados podem ser escolhidos: um profissional ou escola de pensamento prefere o efeito "A", outro escolhe o "B". Essa evolução técnico-científica expressa o desenvolvimento das sociedades na busca pela Verdade e entendimento da Natureza (Universo). As Ciências são o resultado desse processo social, que é também material. Não existe Ciência sem aprendizagem, a aprendizagem é resultante da observação e imitação, antes da reflexão e do desenvolvimento intelectual.
Fonte: administradores.com.br
11 de out. de 2011
A Linguagem XBRL como Instrumento de Evidenciação Contábil
CCSA divulga programação da II SECITEAC
Este evento será realizado no período de 17 a 21 de outubro de 2011, em João Pessoa, Campus I da UFPB. A inclusão deste evento no calendário escolar foi aprovado pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE), como semana de enriquecimento curricular.
O público-alvo é constituído por docentes, discentes e servidores técnico-administrativos da UFPB e de outras IES, com previsão de que cerca 20.000 pessoas participem, incluindo-se nestes, além dos nossos professores e alunos de graduação e pós-graduação, professores e alunos das escolas do ensino fundamental e médio. Logo abaixo segue a programação.
Baixar a programação clique aqui.